É com enorme satisfação que, na qualidade de Presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Salas de Jogos, me dirijo a todos os Trabalhadores do Jogo e, de forma muito especial, aos nossos Associados:

 

Vai longe o dia três de Abril de mil novecentos e oitenta e nove… Num tempo em que o Jogo nos Casinos vivia uma grande expansão e se procurava dar resposta a várias questões laborais, um grupo elevado de trabalhadores sentiu necessidade de criar um novo Sindicato, que melhor respondesse a essas questões e aos anseios dos trabalhadores. E assim nasceu, presidido por José Manuel Cadete, o Sindicato dos Trabalhadores das Salas de Jogos, com o propósito de defender todos os trabalhadores. A presidência de José Cadete, por vontade própria, foi breve, assumindo esse cargo o seu companheiro e amigo Francisco Barbosa, que conduziria o Sindicato durante vários anos com grande dinâmica e sabedoria.

Agora cabe-me a mim a honra, mas, também a responsabilidade de dar continuidade a um trabalho, que nunca foi fácil, mas que é hoje reconhecido por todos.

Para isso muito tem contribuído uma excelente equipa de dirigentes que tenho o prazer de liderar. É do conhecimento geral as grandes dificuldades por que passa o movimento Sindical, mas é também importante que ninguém duvide da grande necessidade dos trabalhadores se unirem em torno dos seus Sindicatos.  O Mundo mudou, as sociedades são alvo de profundas transformações e, no Jogo, mudou a mentalidade dos Concessionários do Jogo. Porém, manteve-se a ganância por lucros de muitos milhões de euros, nem que para isso tenham de trair acordos firmados de boa-fé, de rasgar contractos coletivos negociados e acordados, de praticar baixos salários, procurando levar à prática alterações não permitidas pela Lei do Jogo e prejudiciais para os trabalhadores, ignorando ou esquecendo os muitos anos de bons serviços prestados pelos trabalhadores que os ajudaram a ter grandes receitas. 

Amigos, Companheiros, Camaradas, a nossa união é hoje de importância transcendente! Todos têm o dever de tomar grande consciência que o momento é de transformação é absolutamente necessário que participem na actividade sindical. Um Sindicato sério e responsável tem obrigação de perceber que a vida não é uma coisa estática, pelo contrário, é movimento!

E nós estamos preparados para enfrentar o presente, construindo o futuro com uma forte determinação. 

 

O Presidente. 

 

Carlos Teixeira